"Quem visitar o movimentado comércio de Guaratinguetá, certamente estará circulando por um cenário histórico que, desde os primeiros tempos, vem transformando a cidade em um dos mais atraentes pólos da arte de comerciar no Vale do Paraíba".
Esta frase do livro Memórias do Comércio de Guaratinguetá, escrito por Thereza Maia e Tom Maia, em 1995, resume bem a realidade do nosso comércio – principal setor da economia de Guaratinguetá.
Índios, ouro, caminhos, descaminhos, piratas, tropas e tropeiros, mascates, cana, café, leite, indústrias e muito tino comercial marcam uma história que teve início por volta de 1630, antes mesmo do local ficar conhecido como Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Com o desenvolvimento comercial, os comerciantes sentiram necessidade de ter uma entidade que representasse e defendesse os interesses do comércio. E foi 1939 que o contador Azarias Menezes conseguiu empolgar um grupo de comerciantes em torno da idéia de fundar uma associação. O ideal de Azarias se realizou na noite do dia 4 de setembro de 1939, em reunião acontecida no edifício do Clube Literário e Recreativo de Guaratinguetá. Nela foi eleita uma comissão de cinco membros para elaboração dos estatutos, integrada por Virgilio de Paula Santos, Benedito Giannico, Otaviano Alves da Silva, Antônio de França Veloso e Breno Viana.
Curiosamente, Azarias Menezes, idealizador da Associação, nunca foi sócio da entidade, já que não era comerciante. Com isso, o primeiro presidente da entidade foi Laudelino de Freitas Castro (Dilo da Farmácia), o qual foi reeleito várias vezes e dirigiu a entidade até 1945.
Essa longa trajetória da ACE Guaratinguetá é marcada na história do nosso município, pois em todos esses anos, a entidade participa e atua assiduamente em todos os momentos e episódios econômicos e sociais vividos na cidade. Contribuindo para o bem estar de Guaratinguetá, de forma a promover, desenvolver, representar, defender e aumentar a competitividade das empresas associadas no mercado atual.
O primeiro relato que se tem dessa construção remota de 1822. No local existia outra residência, que pertencia ao capitão-mor das ordenanças Manoel José de Mello e sua família, que moravam nessa residência localizada na Rua da Estalagem. No dia 19 de agosto de 1822 o S.A.R Príncipe Regente do Brasil Dom Pedro de Orleans e Bragança passa pela cidade de Guaratinguetá, e pernoita nesse imóvel. No século XX, mais precisamente o ano de 1903 o imóvel é demolido e no seu lugar se constrói um casarão em alvenaria com janelas em estilo Neo – Colonial, amplo e arejado.
Durante os embates da Revolução de 1932 a cidade de Guaratinguetá foi amplamente bombardeada, sendo que em Guaratinguetá se constituiu o “Batalhão Frei Galvão” e o Batalhão Rodrigues Alves”. Do Batalhão Frei Galvão saíram doze soldados que protagonizaram uma estratégia militar genial que levou a tropas federais em Cunha retornarem as suas linhas originais. Dada essa importância a Casa do Soldado foi implantada nesse imóvel, na rua Marechal Deodoro (nome “republicano” da Rua da Estalagem) e novamente o casarão passou a ter importância vital para a cidade.
No ano de 1953 a ACEG se instala nesse imóvel. A última reforma foi em 1986, sem, contudo, em nada perder a sua arquitetura, que remonta de 1903. Caprichosamente preservados pelos presidentes que passaram pela gerência da Associação, continua em pé, firme, se tornando um local de memória para a cidade de Guaratinguetá.
Projeto de autoria dos Historiadores Felipe Nogueira e Leandro Pereira Dos Santos lançado em Março/2021 visa tornar mais acessível a História por detrás dos prédios históricos da cidade de Guaratingueta utilizando a tecnologia através do QR CODE. Todos os prédios históricos terão o seu QR CODE, onde com um celular conectado a internet poderão ter acesso ao histórico do edifício.