24 Dez 2014 - hHRS

Desempenho do varejo no Interior paulista é superior ao da capital


O comércio varejista do Estado de São Paulo teve desempenho superior ao da capital, em 2014, aponta a pesquisa ACVarejo, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). As vendas no Estado e capital acumulam perdas de 3,3% e 5,7% no ano. Cidades do interior tiveram maior crescimento em relação à capital, região metropolitana e litoral.
 
De acordo com os dados da ACSP, o volume de vendas apresentou quedas de 5,7% no varejo ampliado e de 2,6% no restrito na capital, de janeiro a outubro. Já o Estado acumula perdas 3,3% no varejo ampliado e de 0,3% no varejo restrito.
                 
Em outubro, as vendas no Estado registraram recuos de 9,1% no varejo ampliado e de 6,5% no varejo restrito, comparadas ao mesmo período de 2013. Na mesma comparação, as vendas na capital caíram 10,4% e 6,9%, respectivamente.

“O desempenho do varejo do Estado é relativamente pior que a média nacional, e, por sua vez, o da capital está abaixo da média do total estadual. Além do menor crescimento dos salários, as quedas no crédito à pessoa física e na confiança no consumidor e, principalmente, as demissões da indústria, afetam relativamente mais o comércio da região. No caso da capital, sua perda de importância econômica relativa para o interior do estado intensifica a contração das vendas”, afirma Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). 
 
Os setores que registraram pior desempenho no volume de vendas nos primeiros dez meses do ano foram as concessionárias de veículos (-15,6%), as lojas de departamento (-14,7%) e lojas de móveis e decorações (-9,6%).  
 
Já os setores com melhor desempenho, de janeiro até outubro, foram as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (+13,1%), supermercados (+1,8%) e farmácias e perfumarias (+1,8%).
 
Com quedas de 7,1% no varejo ampliado e de 5,6% no varejo restrito, a região do Grande ABC apresentou o pior volume de vendas desde o início do ano até outubro. O litoral paulista também teve baixo desempenho e acumula perdas de 5,4% no varejo ampliado e de 4,4% no restrito.
 
Na direção contrária de outras localidades, as regiões do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Jundiaí foram as únicas a registrar saldo positivo no volume de vendas. O varejo ampliado do Alto Tietê sofreu alta de 4,3% e de 3,7% no restrito, o Vale do Paraíba aumentou 0,7% no ampliado e 2,9% no restrito. E a cidade de Jundiaí teve crescimento de 0,6% no ampliado e 1,7% no restrito.
 
Reges Donatti Filho, presidente da ACE Jundiaí (Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí), credita o crescimento da cidade ao fortalecimento do comércio e do consumo locais. “A ACE Jundiaí tem trabalhado para que os moradores sejam clientes fiéis do comércio local e para que os lojistas ofereçam preços competitivos em relação aos praticados em São Paulo. Além disso, nossa população cresceu cerca de 20% nos últimos quatro anos com a maior oferta de empregos”, diz.

 

Outro levantamento elaborado pelo IEGV (Instituto de Economia Gastão Vidigal), da ACSP, revela que de 2008 a 2013, as vendas aumentaram em 20% no Estado e o emprego cresceu 25% no varejo. O mesmo estudo mostra que apesar de apresentar um crescimento significativo, o comportamento do varejo não foi homogêneo. Algumas  regiões registraram aumento superior a 40%, como Osasco (43,4%) e Guarulhos (42,1%), ou próximo disso, como Sorocaba (39,1%). 
 
De acordo com as projeções, Campinas está entre as cidades com mais possibilidade de crescimento até 2020. Nesse sentido, a rede americana Applebee´s se mostrou visionária. Quatro anos depois de inaugurar sua primeira unidade em São Paulo, fincou sua marca em Campinas. Opera hoje com nove unidades no Estado de São Paulo.

Fonte: Diário do Comércio

tags: varejo, desempenho, interior paulista, capital paulista, Vale do Paraíba, ACSP

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