30 Mar 2017 - hHRS

Dois terços dos beneficiados pelo FGTS vão pagar dívida ou poupar, revela Associação Comercial de SP


São Paulo, 29 de março de 2017. Levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que, dos brasileiros que vão sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS, 39% usarão o recurso para pagar contas em atraso e 27% vão investir, guardar ou aplicar. Assim, dois terços vão preferir quitar dívidas ou poupar ao invés de comprar.

Ainda segundo a pesquisa - feita entre os dias 1º e 15 de março em todo o Brasil -, 21% dos consumidores que retirarão o FGTS não sabem o que fazer com o dinheiro. Já 10% pretendem reformar a casa, 3% devem viajar e 3% têm intenção de comprar alimentos e outros itens em supermercados.

Oportunidade

“Embora a maioria das pessoas não vá usar o dinheiro para consumir, há uma oportunidade para ser aproveitada pelo varejo, que deve investir em promoções, liquidações e marketing para atrair os 21% de consumidores indecisos”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Como o saque das contas inativas vai até julho, ele destaca que o FGTS pode contribuir para melhorar as vendas nas próximas datas comemorativas - Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados - além das férias escolares. “A Semana Santa e o Domingo de Páscoa abrem espaço para os supermercadistas. Já o Dia das Mães é a segunda data mais importante para o comércio. Ou seja: é preciso aproveitar esses momentos”, ressalta Burti.

Efeito multiplicador

O percentual de brasileiros que planejam usar o FGTS para quitar dívidas (39%) também cria uma possibilidade para o varejo, uma vez que tira o nome do consumidor da lista de inadimplentes e dá chance de novos crediários. “É um efeito multiplicador. Isso reabre condições de crédito que podem ser melhor aproveitadas se a queda dos juros for intensificada”, observa o dirigente.

O levantamento aponta ainda que 23% dos consumidores têm conta inativa para sacar, 68% não possuem e 9% não sabem ou não responderam.

Do universo de entrevistados, 87% disseram que sabiam sobre a medida e 93% mostraram-se favoráveis a ela. “A medida pode impactar positivamente nos índices de confiança dos consumidores”, frisa Alencar Burti. “A liberação das contas é muito bem-vinda e vem num momento oportuno. Representa uma ponte para o Brasil atravessar o resto da crise e entrar melhor no segundo semestre, que é quando realmente esperamos que a atividade econômica volte a crescer”, finaliza o presidente da ACSP.

Encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, a pesquisa foi elaborada a partir de entrevistas domiciliares com 1.200 pessoas em todo o País, por amostra probabilística representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014). A margem de erro é de aproximadamente três pontos percentuais.

 

Fonte: ACSP 

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