06 Jun 2018 - hHRS

Expectativa é de crescimento nas vendas para o Dia dos Namorados


Importante data do calendário lojista, neste ano, as vendas voltadas para o Dia dos Namorados devem apresentar crescimento entre 3% e 5% em relação a 2017 no varejo da capital paulista. A estimativa é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O resultado deve ser melhor do que o do ano passado, quando o comércio de SP teve alta média de 2,4% sobre 2016.

“Neste ano, a conjuntura econômica está mais favorável, com inflação e juros bem mais baixos, prazos de pagamento maiores e alguma recuperação da massa salarial”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele acredita que “o setor varejista investirá em promoções para procurar compensar os dias de paralisação, em que as vendas ficaram praticamente estagnadas”. E que os presentes mais procurados deverão ser roupas, calçados e outros produtos de uso pessoal.

“Os bares e restaurantes também devem se beneficiar, principalmente se a temperatura ajudar, o que motiva os casais a saírem para jantar ou fazer algum outro programa fora de casa”, finaliza Burti.

 

CNDL

A data deve levar 62% dos brasileiros às compras, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais.

Estima-se que aproximadamente 93,5 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste 12 de junho, o que deve injetar aproximadamente 15,6 bilhões de reais na economia.

Dados da sondagem ajudam a derrubar o estigma de que casais deixam de se presentear após o casamento. Quando a pesquisa investiga quem será a pessoa presenteada, o esposo ou a esposa aparecem em primeiro lugar, com mais da metade das respostas (64%), sendo a intenção de presentear maior entre os homens (69%). Em segundo lugar no ranking dos mais presenteados, aparecem os namorados (30%) e, na sequência, os noivos (5%).

Assim como acontece em grande parte dos relacionamentos amorosos, o ato de presentear é percebido como uma troca, em que os parceiros presenteiam como demonstração de afeto, mas também esperam ser presenteados.

Dessa forma, o estudo mostra que a maioria dos que vão comprar presentes no dia dos namorados (66%) acredita que também vão ganhar presentes, em especial as classes A e B (76%).

 

GASTOS

De modo geral, a pesquisa mostra que a maior parte (36%) dos entrevistados deve gastar a mesma quantia que no ano passado, enquanto 21% projetam desembolsar mais e 17% pretendem diminuir o valor gasto.

Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 167 com os presentes do Dia dos Namorados, sendo que esse valor aumenta para R$ 225 entre as pessoas das classes A e B. Importante notar que 25% ainda não decidiram o valor que será gasto.

Entre os compradores que planejam gastar menos do em 2017, o que mais tem pesado é o fato de estarem em uma situação financeira difícil ou com o orçamento apertado, com 31% de citações.

A necessidade de economizar também é motivo citado por 26% desses entrevistados. Já entre os que planejam gastar mais neste ano, 40% alegam que vão adquirir um presente melhor. De modo geral, a maioria dos consumidores (71%) deve comprar apenas um único presente, mas 23% planejam adquirir dois ou mais itens para agradar o parceiro.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (58%) tem a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado.

Outros 38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço e somente 4% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2017.

Como tentativa de economizar, 74% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preço. Entre os que devem em ir busca de ofertas mais atrativas, 76% pretendem usar a internet como principal aliada, 62% farão pesquisa de preço em lojas de shopping e 36% em lojas de rua.

De acordo com os entrevistados a principal forma de pagamento será o pagamento à vista com 58% de citações, com destaque para o dinheiro em espécie (39%) e cartão de débito (18%).

Outros 37% devem utilizar o cartão de crédito e apenas 2% boleto bancário. Entre os que vão dividir as compras, o número médio de prestações varia entre três e quatro.

“Em um momento em que a inadimplência e o desemprego estão elevados, comprar o presente à vista pode ser uma boa alternativa para fugir do endividamento. Para quem vai recorrer ao crédito, o ideal é fugir dos parcelamentos para evitar comprometer a renda com prestações muito alongadas e se programar para o pagamento integral da fatura”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

 

ITENS MAIS PROCURADOS 

Neste ano, os presentes mais procurados por quem vai presentear devem ser as roupas (41%), perfumes ou cosméticos (34%), calçados (22%) e jantares (18%). Completam o ranking os bombons e chocolates (17%) e acessórios, como bijuterias, cintos, óculos e relógios (17%).

Outras opções de presentes que os entrevistados consideram fazer na tentativa de economizar nos gastos são fazer um jantar romântico (49%), um café da manhã (32%)e passeio ao ar livre no final de semana (24%).

Quanto ao local de compra, os shoppings centers despontam como o destino para a maioria dos presentes, com 36% das citações. Em segundo lugar aparecem as lojas online (18%), seguidas dos shoppings populares (9%) e das lojas de departamento (8%). Os preços (50%) e as promoções (43%) são o que mais influenciam a escolha do local.

Em cada dez entrevistados, dois (21%) disseram que são eles próprios quem escolhem o que vão ganhar no Dia dos Namorados, ao passo que 78% deixam essa decisão a cargo do companheiro.

Para a escolha do presente, os fatores mais levados em conta são a qualidade do produto (30%) e o perfil do presenteado (21%). Os locais preferidos para comemoração serão a própria casa do entrevistado (33%), seguido dos restaurantes (30%) e dos hotéis ou motéis (11%).

 

SITUAÇÃO FINANCEIRA

Para agradar o parceiro ou a parceira, parcela considerável dos consumidores não darão a devida importância a compromissos financeiros já assumidos: três em cada dez entre os que pretendem comprar presentes (29%) revelam que irão às compras mesmo possuindo contas em atraso atualmente, especialmente respondentes das classes C, D e E (33%).

Além disso, 8% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa amada. Entre os consumidores que estão com contas em atraso, 72% também estão com seus CPFs negativados em serviços de proteção ao crédito, principalmente respondentes das classes C, D e E (75%).

Os dados revelam que entre os consumidores que compraram presentes para o Dia dos Namorados do ano passado, 9% estão negativados por compras feitas na ocasião. Além disso, 28% dos compradores admitem ter o hábito de gastar mais do que podem para agradar o parceiro.

“Para os que têm contas com pagamento em atraso ou estão negativados, existem outras formas de demonstrar e retribuir afeto, que não sejam somente por meio da troca de bens materiais. Nesta hora, é preciso autocontrole e disciplina para conter os gastos e usar a criatividade para surpreender a pessoa amada”, diz o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

 

Fonte: Diário do Comércio | Redação

tags: dia dos namorados, comércio

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