19 Set 2017 - hHRS

Mudando vidas, construindo novas histórias


Alguns acreditam que sou um otimista inveterado, com tanta coisa acontecendo no País. Na verdade, sou confiante. E não é com base apenas nas estatísticas. É sustentado nas histórias de vida que conheço todos os dias.

Histórias como as dos empresários Ângela, Beatriz, Carlos Eduardo, Delton, Ireni, José, Marcilene e Marcio. Todos microempreendedores individuais (MEIs) paulistas que acabaram de receber, junto com outros 30, financiamento do programa Juro Zero Empreendedor, resultado da parceria entre o Sebrae-SP e o governo do Estado de São Paulo. O valor médio creditado para cada um foi de R$ 10 mil, utilizados para capital de giro e aquisição de máquinas e equipamentos.

Alguns estavam desempregados e encontraram no ato de empreender a solução para garantir renda, como milhões de outros brasileiros; outros empregados, mas descontentes com o que faziam e outros ainda que já empreendiam, só que de maneira informal e não queriam mais ser estatística da economia subterrânea.

Todos com uma meta em mente – e bem descrita no plano de negócios que serviu como base para a liberação do financiamento: crescer, aumentar o faturamento e o lucro, gerar empregos, tornar-se dentro de um ano uma micro ou pequena empresa. Eles engrossam as taxas que o Sebrae-SP constatou em sua mais recente pesquisa Indicadores de Conjuntura: 43% dos MEIs acreditam que o desempenho de sua empresa vai melhorar nos próximos seis meses e 33% apostam no avanço da economia.

Conversei longamente com cada um deles e todos têm mais que o espírito empreendedor; tem a cabeça empreendedora. Já traçaram suas trilhas de crescimento, que passam pela melhoria da gestão, da produção, o incremento da inovação e a expansão dos clientes.

Por isso, nessa hora de retomada do crescimento, estou sim otimista que o cenário em 2018 será bem diferente do que vivemos atualmente, com os mais de 13 milhões de desempregados e mais de R$ 4 trilhões de dívida pública. Afinal, vamos continuar colhendo bons frutos da limitação do teto de gastos, da reforma trabalhista, regulamentação da terceirização, redução da taxa Selic – mesmo que não a desejada, e da volta da inflação para o centro da meta.

A prioridade é continuar este movimento que vai permitir consolidar o processo de crescimento, gerando novas oportunidades de empregos. Por isso a relevância em não onerar o setor privado com mais impostos e estimular os empreendimentos que mais geram empregos no Brasil – 70% dos brasileiros ocupados no setor privado estão nos pequenos negócios.

É isso que estamos fazendo no Sebrae-SP com o programa Juro Zero Empreendedor, com aporte de R$ 10 milhões, que deve beneficiar inicialmente mais de 800 empresários que participam do programa SuperMEI. Trata-se de uma linha de crédito exclusiva do MEI, com financiamento entre R$ 1mil a R$ 20 mil, com prazo de pagamento de até 36 meses. Quem pagar em dia, após carência de seis meses, está isento da taxa de juros.

Além disso, determinei que se acelerasse o processo de expansão da rede física do Sebrae-SP. Até o final de 2017, estaremos com 230 pontos Sebrae Aqui instalados em todo Estado em condições de prestar atendimento a 80% dos pequenos negócios paulistas. É o Sebrae-SP de portas abertas para ajudar todos que desejam trilhar o caminho do crescimento.

Também continua na minha principal pauta de trabalho a aprovação das reformas ainda necessárias, em especial as tributária, previdenciária e política, pois somente com normas ajustadas à realidade do século 21 e o efetivo corte de gastos é que conseguiremos recuperar de vez a economia.

Dentro de seis meses agendei outro encontro com Ângela, Beatriz, Claudio, Delton, Ireni, José Paulo, Marcilene e Marcio e outros MEIs que receberam o estímulo e o apoio para crescer. Tenho certeza que estarão prontos para escrever um novo e inspirador capítulo em suas vidas. E assim, ajudar o Brasil a também registrar nossa volta por cima.

 

Paulo Skaf

Presidente do SEBRAE-SP

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